OBRIGADO, TITE

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Time ganhando, técnico bom. Time perdendo, técnico ruim. Time eliminado, ninguém presta. Vejo esta mesma novela em toda Copa do Mundo e suas nuances de opinião pública. O termômetro tupiniquim, então… mais parece um relógio de tanto que troca de números, subindo e descendo após cada resultado. Ainda é o mesmo time, embora as opiniões façam parecer o contrário.

Como o próprio técnico disse na entrevista coletiva pós-jogo: “É preciso analisar sem a emoção envolvida. Dói admitir isso, mas tivemos um ótimo jogo, com duas equipes de qualidade técnica incrível. (…) Talvez minha única ressalva sobre a arbitragem seja o lance no Gabriel Jesus, o qual eu gostaria que tivesse sido analisado pelo VAR (árbitro de vídeo). (…) Tivemos mais chances hoje (27 chutes, 9 certos e 1 gol), mas a Bélgica foi mais eficiente, com três chutes (certos) e dois gols”.

É isso! Pra mim, tradução perfeita do que foi o jogo hoje. Então por que essa mania chata de sempre colocar a culpa no técnico? Eu acho o Sr. Adenor um bom treinador, que evoluiu bastante de 2015 pra cá. Basta comparar o Corinthians de 2013 ao de 2015. Ele deixou de ser retranqueiro.

Outra coisa: não vejo técnico brasileiro melhor para o cargo do que ele. A Seleção só perdeu dois jogos dentre 26 disputados. As duas por apenas um gol de diferença. A segunda foi justamente hoje, a primeira em jogos oficiais. E olha que enfrentou adversários que não fizeram feio na Copa. No último teste, ganhou da Croácia, provável semifinalista desta Copa e que destruiu a Argentina.

Dos 16 classificados para as quartas, o Brasil já havia enfrentado Argentina, Uruguai, Inglaterra, Colômbia, Croácia, França e México (as duas últimas, ainda sem Tite no comando). E só perdeu uma: 1 a 0 pra Argentina em um amistoso. Antes disso, entretanto, já havíamos enfiado 3×0 nos hermanos em uma partida das Eliminatórias. Ou seja: a derrota foi claramente apenas um acidente de percurso.

O que eu quero dizer com isso é: não é uma derrota para um dos favoritos ao título que vai apagar tudo o que foi feito até aqui. O trabalho é bom. Apesar de uma ou outra convocação contestada (e qual Copa não teve?) e de ter irritantemente insistido em Gabriel Jesus, o trabalho foi bom. Hoje, o Brasil estava “amassando” a Bélgica. Até sair um gol-contra que nos causou um apagão. Voltou a acordar no segundo tempo, com boas mexidas do Tite, incluindo uma que resultou em gol logo em seguida.

Quatro anos após o 7×1, o Brasil sai de cabeça erguida. Não há orgulho em chegar apenas às quartas, mas também não é demérito. E ninguém (jamais!) poderá dizer que não houve luta. Obrigado, Tite!

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